Herbário Póetico

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segunda-feira, agosto 01, 2011

Passagens




As flores costumam durar poucos dias, um espetáculo dura umas duas horas. Duramos entre um dia e outro, entre um mês e outro, entre os nossos afazeres e compromissos. Duramos entre nosso nascimento e nossa morte.

O tempo é nossa condição de vida. Diz o filósofo alemão Martin Heidegger: o homem não tem tempo, ele é um tempo que se esgota, se emprega, se consome. Por isso, contabilizamos a vida entre antes, agora e depois, entre passado, presente e futuro, entre o logo mais, o há pouco, o neste instante.

O interessante é que o tempo é tão presente e imediato que nem o percebemos. E, em épocas de passagens tão convencionais, como o fim de ano, essa consciência parece vir à tona.

Reclamamos por não conseguirmos terminar a tempo nossos afazeres. Lamentamos ter que levar para o próximo ano coisas indesejáveis, como dores, dívidas, desavenças… E não nos conformamos com coisas que não poderemos levar.

Momentos especiais de passagem nos põem de cara com o tempo, especialmente com o futuro. Nossa tradição nunca o privilegiou, embora viva para ele. Privilegiou o passado.

Acredita-se que o passado determina nossa identidade, que ser quem somos, hoje, depende exclusivamente do que já fizemos e dissemos. Mas não é verdade. É o futuro que assegura nossa identidade, pois, se não pudermos continuar agindo como antes, o que fomos não poderá se sustentar.

Não basta ter sido justa minha vida inteira se no próximo gesto eu cometer uma injustiça. É sempre o próximo gesto, o próximo passo, a próxima palavra, aqueles que importam para manter a pessoa que tenho sido. E só eles podem desmanchar no ar uma identidade firmada por toda a vida.

O passado é frágil, porque depende da memória. Perdida a memória, perdido o passado. E o futuro é incerto, porque depende das promessas que fazemos. Se não nos obrigarmos a cumprí-las, pagamos o preço de ficarmos à deriva no mundo, à mercê de contradições e de atender a chamados que não têm a ver com nosso destino.

Embora prioritário na movimentação da vida, o futuro é sempre obscuro. Não porque nos falte o dom de adivinhá-lo, mas porque ele não existe ainda. É feito de sonhos e promessas. Se nossos sonhos se realizarão e nossas promessas serão cumpridas, depende do empenho que vamos dedicar a eles.

Mas não é só essa dedicação que garante a realização de sonhos e promessas. Cada gesto que fazemos nessa direção é recebido pelos outros com quem convivemos, que completam nosso gesto e podem dar outro rumo para o que iniciamos.

Nossos atos apenas começam um acontecimento. Provocam reações em cadeia, e seus resultados são sempre imprevisíveis. E serão impossíveis se não contarmos com a colaboração dos outros. Só o sonho que se sonha junto é realidade, catava Raul Seixas.

Épocas de passagens nos fazem tomar contato com tudo isso. E o que mais exigem de nós é renovação: capacidade de prometer, disponibilidade para conquistar colaboradores e se comprometer com eles, coragem para iniciar e dedicação para empreender.“

Dulce Critelli – professora de filosofia da PUC-SP, coordenadora do Existentia – Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana, colunista da Folha de São Paulo (de onde foi extraído o texto, publicado em 11/12/09) dulcecritelli@existentia.com.br

GUARDIÃO DO TEMPO


Ora vejam, quem vem lá, é um lindo guardião, que gira, gira, gira sem parar.

Ora vejam se não é um guardião que me parece prateado, ou será que é a sua luz,
que não me permite distinguir a verdadeira cor de suas vestes.

Ora vejam como ao girar um redemoinho se forma e ao passar vai levando
toda a treva e o ambiente iluminando.

Ora vejam como de repente a aura dos irmãos se clarearam, e em seus semblantes se nota de repente uma certa paz que ali não estava antes.

Ora vejam ele não fala, mas eu sinto que poderia se não quisesse passar no anonimato.

Ora vejam de repente ele pára a sua gira e me olha, sabe que eu o vejo e seus olhos sorriem.

Ora vejam se aproxima e sua mão em minha testa coloca.

Ora vejam agora eu sei, é o guardião do tempo, traz consigo toda sua falange, e no anonimato prestam grande caridade a estes filhos de Umbanda.

Mentalmente eu agradeço e ele sorri, e desta vez eu escuto:

Filhos que seguem a verdadeira Umbanda, com amor e caridade, levando a bandeira de Oxalá,
não têm que agradecer, nós é que agradecemos por vocês não desistirem da luta, não se esqueçam Maior é Deus.


Ditado por um amigo
05-12-08

Fonte
http://espiritismoeumbanda.blogspot.com/

Reflexão

Estou aprendendo que a maioria das pessoas não gostam de ver um sorriso nos lábios do próximo.Não suportam saber que outros são felizes... E eles não! (Mary Cely)