Herbário Póetico

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segunda-feira, julho 18, 2016

Religião x Religiosidade:




Religião x Religiosidade: qual a diferença?

Religião é um termo de origem latina e que significa “religação” com o divino (Deus). São diversas religiões espalhadas pelo mundo, onde cada indivíduo tem por livre e espontânea vontade escolher qual deseja seguir, por exemplo, o cristianismo, islamismo, budismo, hinduísmo e dentre outros.


Desde o princípio do mundo o homem buscou acreditar que além dele, existe uma força suprema capaz de mudar, ajudar e até mesmo transformá-lo em um ser melhor e para a maior parte da população mundial esse ser supremo se chama Deus. 


Na busca por exaltar, adorar e louvar a Deus ou ao ser supremo, os homens dos tempos passados foram construindo grandes templos para que todos pudessem se reunir em um só propósito, cultuar e celebrar aos deuses ao qual elas acreditam e é assim, dessa mesma forma que fazemos hoje.


Podemos dizer que religião é um conjunto de crenças e filosofias que são seguidas por uma grande massa de pessoas de acordo com seus ensinamentos, doutrinas e costumes. Além da religião, também existe a religiosidade, que para muitos nada mais é que ter a qualidade de ser religioso, ou seja, ter uma religião.


Religião e religiosidade são termos que dividem opiniões e que também confundem a cabeça de muitas pessoas, principalmente as dos próprios religiosos. Mas verdadeiramente, qual a diferença entre esses dois termos?


Segundo o Pastor Alexandro Martins da igreja Missão Evangélica Pentecostal do Brasil em Campo Grande-MS, o significado de religião é religar o homem a Deus. "É quando a pessoa vai a uma determinada igreja onde a mesma tem um sentimento, uma entrega verdadeira e sincera ao Deus a qual ela acredita.". 


O Pastor explica ainda que "a e religiosidade é a pessoa não ter um compromisso verdadeiro, é estar ali apenas por estar e movida apenas por uma rotina”, finaliza.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/cotidiano/artigos/53689/religiao-x-religiosidade-qual-a-diferenca#ixzz4Eny5Qn7g

quinta-feira, maio 05, 2016

A simbologia da Rosa









A simbologia da Rosa

A simbologia é uma das linguagens que nos dá chaves para a abertura de portas que nos conduzem ao mundo dos sonhos, do oculto e do sagrado. É instrumento fundamental para aqueles que já despertaram para a necessidade de “ver além” e, por já não se contentarem com rótulos e aparências, precisam de um entendimento mais profundo da realidade, pois sabem que a vida tem uma essência filosófica e espiritual, e que esta essência não está exposta e sim envolta em segredos e mistérios, cabendo ao ser humano, através da consciência, desvendá-los e conhecê-los, cada um a seu tempo.
Uma das minhas fontes de estudo da simbologia é o livro Dicionário de Símbolos – mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números – de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Editora José Olympio.
Recebi este texto de um amigo, que não sabe a fonte. Gostei muito e compartilho.

Gilvan Almeida


A ROSA COMO SÍMBOLO

Desde a antiguidade remota a rosa foi honrada pelos deuses e heróis. Ornava o escudo de Aquiles, os capacetes de Heitor e de Enéas e na Idade Média, os escudos dos cavaleiros.
Era associada na antiga Grécia ao culto de Afrodite, a deusa do amor.
Já no Egito antigo, esta sensualidade expressa pela rosa em Afrodite, se torna mais espiritual no culto a Isis. Ao comerem algumas rosas, os iniciados sublimavam seus instintos carnais começando um processo de regeneração interior.
Na tradição cristã a rosa passou a representar Maria, a Rosa Mística, ou como acreditam certas correntes, ela representa Maria Madalena e está presente nas rosáceas dos vitrais e pisos de algumas igrejas européias. Também na iconografia cristã, a rosa com todas as suas pétalas abertas simbolizava o Santo Graal, símbolo da natureza integral do homem.
A Rosa Crística do ocidente, equivalente à Flor de Lótus oriental, é considerada a flor mais perfeita entre todas. Exala um perfume delicado e suas pétalas se colocam em espiral, simbolizando o esforço de aperfeiçoamento. É a vida eterna que se renova constantemente e ressurge ao final de cada volta: RENOVAÇÃO/ RENASCIMENTO.
Para se chegar à rosa é necessário primeiramente subir e colher os espinhos (guardiões): CAMINHO HUMANO. No seu centro, os pistilos amarelos, significam EQUILÍBRIO e SABEDORIA e surgem ao término de seu sacrifício, quando as pétalas, de fora para dentro, morrem para poder deixar finalmente, ressurgir o centro, a ESSÊNCIA.
A Rosa, como a Flor de Lótus, representa o CAMINHO DE AUTO-APERFEIÇOAMENTO. Elas vêm do escuro da terra (ou do limo no caso do Lótus) e sobem para respirar o ar sutil da vida espiritual e ao abrir suas pétalas ao Sol, oferecem o sacrifício do próprio perfume em entrega: DEVOÇÃO e SERVIÇO à VERDADE.
Há uma diferenciação do sacrifício de acordo com a cor da rosa:
Rosa vermelha= Sacrifício por paixão.
Rosa branca= Sacrifício por pureza.
Rosa amarela= Espiritualidade.
A rosa é uma criação excepcional, o emblema da PERFEIÇÃO para a grande obra dos Alquimistas, só entreabrindo suas pétalas para revelar o seu mais íntimo segredo, no momento em que vai perecer. Por isto além de ser símbolo da VIDA é também símbolo da PERFEIÇÃO e MORTE.
Fernando Pessoa se refere à rosa em um de seus poemas: Rosa, Vida, Cristo encoberto.
As catedrais góticas, construídas segundo os preceitos da geometria sagrada, tinham a planta em forma da cruz e seus vitrais com desenhos de rosáceas (rosas estilizadas) ficavam ao sul para que deixassem entrar a luz do sol em todo o seu esplendor.
Lutero usava a rosa em seu selo, chamado de Selo de Lutero ou Rosa de Lutero e costumava dizer uma frase: “O coração está sempre em rosas quando está sob a cruz”.
O nome Rosa-Cruz está associado ao símbolo hermético do Cristo.
Para os adeptos da Rosa-Cruz, a cruz contém os opostos em suas partes: Feminino e Masculino, Lua e Sol, Morte e Vida. Quando esta vivência de opostos (o horizontal e o vertical) se encontra em um ponto de intersecção, acontece a Iluminação. Esta intersecção (Centro, ponto de Unidade) da cruz (Corpo), saúda o Sol e uma rosa colocada neste centro, no peito, permite que a Luz ajude o espírito a desenvolver-se e florescer. Em seu símbolo ora colocam a rosa na intersecção, ora no alto da cruz.
Para os esotéricos a Cruz é um signo masculino e espiritual, divina energia criadora que fecundou a matéria da substância primordial cuja imagem é a Rosa, que se inscreve nas quatro dimensões: comprimento, largura, espessura e tempo. A mente associada à Rosa apresenta sub-dimensões e forma: matéria, cor e perfume, reunidos na mais completa harmonia sendo defendidos pelos (guardiões) espinhos.
Segundo Robert Charroux (livro “Os mistérios da Rosa”), a história da Rosa é tão secreta que somente raros iniciados podem compreender o seu sentido profundo. A rosa é o símbolo do segredo guardado, pois é uma das raras flores que se fecha sobre seu coração. Quando abre a sua corola, está na hora da morte.
“Descobrir uma taça de rosas” é desvendar um segredo. Esta expressão ainda é usada em alguns lugares da Europa. Antigamente, se um anfitrião colocasse um ramo de rosas numa taça, significava que o bom tom e a honra deveriam prevalecer e que todos que estivessem à mesa manteriam rigorosamente secreto tudo que ali se dissesse. Algumas vezes a rosa era dependurada sobre a mesa, e tinha o mesmo significado.

http://gilvanalmeida.blogspot.com.br/2010/06/simbologia-da-rosa.html


domingo, março 13, 2016

PRECONCEITUOSO.










QUALQUER UM PODE FALAR QUE NÃO É PRECONCEITUOSO. MAS É O QUE VOCÊ FAZ QUE DIZ QUEM VOCÊ É

O sol brilha no playground infantil enquanto três crianças brincam juntas. Elas dividem com sincera alegria o escorregador, o balanço e a inocência da infância. São felizes porque têm a mesma idade, frequentam a mesma escola e compartilham as mesmas brincadeiras.

Lucas é um garoto esperto e brincalhão. Ana é enérgica e sincera. Gabriel, tímido e observador. Os três brincam juntos todos os dias no recreio do colégio.

Um dia, Lucas chega em casa e seu pai está bravo porque bateram no carro dele: “Só podia ser mulher! Mulher é muito burra. Toda mulher é barbeira, não sabe dirigir!”

Nesse mesmo dia, Ana passeia com sua mãe no shopping e elas veem uma mulher obesa tomando sorvete. “Tá vendo, filha! Não pode comer doce todo dia, senão você ficará uma baleia como aquela moça.”

Na casa de Gabriel, ele ouve atentamente seus pais conversarem. A mãe suspeita que a faxineira vem furtando comida da despensa. “Demita a mulher”, diz o pai de Gabriel. “Não confio em pretos. Vê se agora arruma uma faxineira branca.”

Há uma passagem do livro “O Sol é Para Todos”, de Harper Lee, que ilustra o preconceito seletivo de algumas pessoas. A menina Scout ficou incomodada com algo que nenhum adulto pôde lhe explicar: por que, para a sociedade americana do Sul dos Estados Unidos, na década de 1930, era errado Hitler perseguir os judeus enquanto era normal o racismo contra os negros? “A perseguição acontece em países onde há preconceito”, explicou a professora, na escola, em relação à ditadura que ocorria na Alemanha. Entretanto, essa mesma professora achava um absurdo brancos se casarem com negros.

Lucas é negro. Ana é menina. Gabriel é gordinho.

Quando se encontram novamente no playground, tudo continua igual: o sol brilha no céu, o escorregador e o balanço permanecem no mesmo lugar. Porém, em seus corações de criança, há o peso das palavras carregadas de ódio de seus pais. Lucas, que sempre achou Ana diferente das outras meninas porque ela sobe nas árvores com ele, lembrou-se de quando seu pai lhe disse que toda mulher é burra. Ana, que sempre gostou quando Gabriel traz balas na lancheira, queria dizer-lhe que ele ficará uma baleia se não parar de comer doces. Gabriel, que gosta das brincadeiras malucas que o Lucas inventa, ficou desconfiado porque seu pai falou que não se pode confiar em negros.

Hoje eles brincam ressabiados. Um olha para o outro com sentimentos divididos entre a ternura natural e o preconceito adquirido. O sol, até então sempre cálido e vivo, agora está sobre a sombra da ignorância.

Os sentimentos que cercam essas crianças não vieram delas. São os adultos que deveriam lhes ensinar o que é empatia, respeito ao próximo e tolerância. Entretanto, nossa sociedade ainda está atrasada no que se refere ao amadurecimento e acolhimento das diferenças. Ainda nos deparamos com pessoas que são seletivas em seus preconceitos.

Talvez essa seletividade seja a escuridão de quem não reconhece que somos seres humanos apesar de nossas diferenças e não entende que, mesmo diferentes, somos todos iguais.

Para o sol brilhar para todos, é preciso ter coragem de admitir que o preconceito que eu sofri não justifica o meu próprio preconceito. Como escreveu Harper Lee, “coragem é fazer uma coisa mesmo estando derrotado antes de começar, e mesmo assim ir até o fim, apesar de tudo”.



http://www.revistabula.com/6142-qualquer-um-pode-falar-que-nao-e-preconceituoso-mas-e-o-que-voce-faz-que-diz-quem-voce-e/

sexta-feira, janeiro 15, 2016

Solitário...










https://www.youtube.com/watch?v=TUJmebiHky8

PSICOLOGIA E RELIGIÃO, OLHARES DIFERENCIADOS DO MESMO FENÔMENO.










As questões e conflitos entre psicologia e práticas místicas ou religiosas têm adquirido relevância em nosso meio, seja em função de posturas cristãs fundamentalistas ou esotéricas de alguns colegas. Atendendo a esta demanda, os Conselhos buscam esclarecer e fundamentar a prática da psicologia nos parâmetros éticos e científicos da profissão.
A chamada “onda mística que assola o País já há alguns anos” não é algo tão facilmente desconsiderado ou que devamos simplesmente pensar em resguardar a psicologia da “lama negra do ocultismo”, como no início da psicanálise. Parece que a questão não é tão simples assim.
Nossa cultura foi construída na tradição católica popular portuguesa, amalgamada por práticas religiosas indígenas e africanas. Nossa religiosidade sempre incluiu aspectos místicos que foram se difundindo na cultura em geral. E que de outro modo poderia ser, uma vez que uma das expressões humanas é o comportamento religioso – devotado a um deus, aos espíritos, ao capital ou ao partido? O comportamento religioso e místico é observado em todas as culturas e épocas, mesmo quando a Razão foi elevada à condição de deusa durante o Iluminismo.
Isto posto, não entendo a questão do misticismo esotérico como algo que bate às portas da psicologia há alguns anos. Se isto for verdadeiro, é o mesmo que admitir que a psicologia nunca quis olhar a dimensão mística e religiosa de nossa cultura. Quem poderá afirmar que o misticismo chegou no País depois da psicologia?
É fato de que em muitas regiões do Brasil as pessoas confiam mais nas tradicionais benzedeiras do que nas práticas médicas convencionais. Certamente este dado evidencia uma sociedade organizada na desigualdade social, em que muitos nunca tiveram acesso a tratamentos médicos adequados e que o apoio místico das benzedeiras foi o único alento em meio ao sofrimento físico e emocional. Não quero dizer com isto que somente o tratamento médico resolveria todo o problema, pois se pode correr o risco de perder a alma sem as benzedeiras. Entendo alma aqui como raiz, cultura e espírito de uma comunidade.
Com o desenvolvimento das ciências biológicas, psicológicas e sociais, certamente os antigos xamãs, curandeiros, adivinhos e outros foram forçados a ceder lugar aos médicos, psicólogos e sociólogos. Os séculos XIX e XX demonstraram o triunfo da ciência e igualmente o da insanidade. Não estou me referindo ao doente mental, que foi institucionalizado na tentativa da sociedade exorcizar o seu próprio mal estar coletivo, personificado no indivíduo desidentificado. Refiro-me aos que julgando-se portadores da racionalidade científica jogaram o mundo em duas grandes guerras, em holocaustos e guerras, para dizer o mínimo, insanas. Nunca houve tanta ciência no mundo, e este conhecimento jamais se comprovou comprometido exclusivamente com o bem estar e desenvolvimento humano.
Não pretendo aqui negar o conhecimento científico e tão pouco sua importância no desenvolvimento humano, mas gostaria de afirmar minha posição de que a ciência não é a única verdade pela qual deva se pautar a vida humana e a sociedade. O dinamismo humano inclui outras verdades que, embora não sejam científicas, compõe o substrato de nossa experiência. Refiro-me a um quatérnio de “campos de experiência”, em que cada qual possui suas verdades, e conjunto de saberes, ainda que por métodos diferentes. Como podemos afirmar que a metodologia científica é a única forma de se acessar um conhecimento? Cada um dos quatro campos tem sua metodologia própria, e estas metodologias podem criar pontes de diálogo através de uma abordagem sistêmica e holística.
Estes campos são: As Ciências, As Artes, As Filosofias e As Religiões.
Quem atenta para o humano e para si mesmo, percebe a dinâmica destes saberes que coexistem na experiência humana, se entrelaçam, se constroem e reconstroem ao longo da vida e da história. Uma verdade cientifica é tão real quanto uma verdade artística, religiosa ou filosófica. Cada saber se constrói com base nas diversas experiências. Assim, os pressupostos da física, da biologia ou da psicologia são tão válidos quanto o é a obra de J. S. Bach, a filosofia de Kant ou os milagres de Lourdes. Não se utiliza o mesmo método para cada um destes saberes mas, todos eles não exprimem verdadeiramente o fato da existência humana?
Deixando estes saberes todos ao mesmo nível e importância para o desenvolvimento e compreensão humana, gostaria de propor um sistema de abordagem – a questão do olhar.
Entendo cada um de nós como um ser único, apesar de multifacetado. Prefiro me referir ao ser humano como um fenômeno humano que é manifesto em cada indivíduo e na sociedade (presente e histórica). Assim, posso abordar este fenômeno através de diversos olhares. Posso compreender a experiência pelo olhar religioso ou pelo olhar científico.
Se optar pelo olhar religioso, ainda preciso definir se avalio e compreendo a experiência do meu interlocutor sob o olhar da minha perspectiva religiosa ou da dele. ( se pretendo convertê-lo ou afirmar sua crença).
Se optar pelo olhar científico, mais especificamente o psicológico, preciso avaliar e compreender a experiência do meu cliente sob o enfoque da ciência psicológica.
O que está em jogo não é o fenômeno em si, que pode abarcar muitas leituras; mas a questão está “nos olhos de quem vê”. Posso observar uma plantação de soja como um belo quadro, uma obra do Criador, um bom desempenho agronômico, um processo biológico, um valor econômico, uma exploração de bóias-frias e muito mais. O fenômeno é o mesmo, o que muda é o olhar. E a possibilidade do diálogo entre os olhares diversos possibilita uma maior aproximação do fenômeno observado, com suas múltiplas implicações.
Neste sentido, o psicólogo deve estar consciente do olhar profissional que é esperado dele. O psicoterapeuta não é, no exercício de sua profissão, um xamã – embora trabalhe com os mesmos conteúdos. O que diferencia um do outro é o olhar, a maneira e os referenciais conceituais para interagir com o conteúdo exposto pelo cliente.
O mundo dos espíritos e o inconsciente possuem fenomenologia semelhante. No entanto, o psicólogo o abordará do ponto de vista científico e o xamã do ponto de vista mágico e espiritual. Um não invalida o outro.
Igualmente, quando o cliente traz conteúdos religiosos, a conduta mais apropriada ao psicólogo é compreendê-los sob os parâmetros da ciência psicológica e das crenças do cliente, sejam elas quais forem – sem julgamento ou preconceito. A dinâmica religiosa é do cliente e o terapeuta deve respeitar isto, sabendo que a ciência não invalida a religiosidade, mas que esta compõe o todo do seu cliente. Por outro lado, o psicoterapeuta deve atuar com o olhar científico, dialogando com as crenças e valores de seu cliente, bem como com a experiência religiosa deste, sob o ponto de vista dos conteúdos religiosos próprios do cliente e nos limites da prática psicológica cientificamente recomendada.
Finalizando, acredito – e esta é uma expressão da minha crença religiosa na vida- que o fenômeno humano é vasto e não cabe somente nos parâmetros da ciência. – Alguém já imaginou um mundo repleto de seres racionais, deterministas e probabilísticos sem música? – No entanto, na prática profissional, há a necessidade de se diferenciar os saberes científicos dos olhares místicos ou religiosos.
Procurar compreender a pessoa como um ser plural e único e, humildemente, atuar dentro dos limites a que fomos treinados - o olhar psicológico - trará dignidade e profundidade ao nosso trabalho e, quem sabe, poderemos ficar um pouco mais próximos da sabedoria.



Prof. Dr. José Jorge M. Zacharias
CRP06 – 16.104-9
Doutor em psicologia social – USP
Analista trainee pela Associação Junguiana do Brasil – AJB/IPAC
Docente na UNICID e Tancredo Neves.
E-mail; zacharias@terra.com.br 

http://www.symbolon.com.br/artigos/psicoerelig.htm

Reflexão

Estou aprendendo que a maioria das pessoas não gostam de ver um sorriso nos lábios do próximo.Não suportam saber que outros são felizes... E eles não! (Mary Cely)